Armando, deitado na cama do hospital, acordou preocupado e um pouco confuso e as únicas perguntas que vagueavam na sua cabeça eram «onde estou?» e «porque estou eu aqui?».
passados cerca de cinco minutos após o sr. ter acordado, a enfermeira foi ao quarto para ver como este estava e deu de caras com ele, sentado na cama, a olhar de um lado para o outro, abanando a sua cabeça num movimento rápido. A enfermeira perguntou-lhe se estava bem e como se sentia, Armando respondeu-lhe que estava bem e disse que estava um pouco confuso, acabando por questionar o que se tinha passado para estar ali presente. A senhora pediu-lhe para se acalmar e contou-lhe que na tarde anterior tinha tido um ataque cardíaco e que uma menina pequena tinha ligado para a ambulância para o virem buscar.
Armando soltou uma lágrima de felicidade e deitou-se novamente com calma na sua cama.
Por sua vez, em casa, Maria estava preocupada com a saúde do seu amigo e decidiu pedir autorização à mãe para o ir visitar ao hospital, pois o que mais necessitava naquele momento era ir visitá-lo.
A mãe deu-lhe autorização e foi, juntamente com a menina, visitar o Sr. Armando pois queria conhecer o grande amigo que a sua filha tinha ganho.
Mal chegaram ao hospital, Maria saiu do carro a correr e foi diretamente à receção perguntar se havia novidades em relação ao seu amigo, obteve um sim como resposta mas que Armando estava muito doente. Repentinamente, uma lágrima escorregou-lhe pelo rosto calmamente e o rececionista disse-lhe que Armando já tinha acordado e que se quisesse podia ir fazer-lhe uma visita.
Maria limpou a cara e foi, juntamente com a mãe, ao quarto do senhor.
Bateu à porta delicadamente e entrou.
Mal o viu, dirigiu-se a ele, a correr e abraçou-o com uma força inacreditável, a menina estava triste por dentro mas por fora apresentava o sorriso do costume.
puseram a conversa em dia, e Maria esteve a contar as novidades todas da escola, e num momento, a máquina começou a fazer um barulho estranho, era o coração de Armando estava completamente acelerado.
Este deu a mão a Maria e disse «obrigada por tudo aquilo que fizeste por mim, nunca te esqueças do teu amigo Armando e esteja eu onde estiver vou-te sempre proteger!», soltou uma lágrima, apertou-lhe a mão e num momento, já estava, o senhor estava morto.
Maria, naquele momento, começou a chorar como nunca o tinha feito, agarrou-se a Armando e não o largou. A mãe de Maria chamou o médico, e este disse-lhe que tinham pouco tempo para se despedirem de Armando.
Maria disse «adoro-te» e saiu do quarto, enchida de lágrimas.