quinta-feira, 23 de junho de 2011

i miss you.

Era um fim-de-semana como todos os outros, estava eu muito distraída e relaxada em casa do meu pai e na altura de ir para casa, questionei ao meu pai se havia a hipótese de ligar para a minha mãe para lhe fazer um pedido, o meu pai respondeu com um “não sei” dizendo que a minha mãe precisava de falar comigo quando chegasse junto dela. Acabei por ligar à minha mãe para lhe pedir e senti que algo se passava, a minha mãe já não estava com o seu tom de voz suave e melancólico do costume, havia alguma coisa que a estava a magoar por dentro. Entretanto cheguei a casa, e por muito estranho que parecesse no momento tinha os meus vizinhos mais chegados todos juntos numa só casa. A minha mãe tinha os olhos completamente vermelhos e de repente começou a trocar olhares e a fazer sinais com o meu pai. Aí, reparei que se passava mesmo alguma coisa. Então perguntei à minha mãe o que se tinha passado. Naquele momento, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto abaixo e disse-me “o teu avô partiu”. Mal aquelas palavras saíram da boca dela, o meu mundo parou, aliás, o meu coração pareceu parar. Eu sou daquelas pessoas que apesar de sofrer, não o demonstro, sofro por dentro, guardando tudo aquilo que sinto para dentro de mim mesma. Mas voltando à realidade, os meus olhos começaram a encher-se por completo e segundos depois, reparei que uma gota salgada me tinha caído na mão, então apercebi-me de que tinha lágrimas a escorregar-me pelo rosto. A minha mãe deu um passo e veio-me socorrer-me com um abraço que acabou por “abafar-me” mas este abraço só fez com que eu chorasse ainda mais. Neste momento, tinha todos os meus amigos a abraçar-me e a passar-me de uns braços para os outros. Não sei porquê, mas este tipo de carinho só fez com que eu me sentisse pior, então aí comecei a chorar mais e cada vez mais. Porquê? Porquê que te tinhas de ir embora? Eu preciso de ti aqui, bem junto de mim, para me dares aqueles teus abraços que só tu sabias dar, aquelas palavras magníficas e muito filosóficas que saindo bem fundo do teu coração me entravam pela alma e permaneciam lá fazendo de mim uma mulher cada vez melhor. Estavam tão bem aqui ao meu lado avô. Eu sei que sofrias e que foste para um lugar melhor, mas deixaste-me aqui “sozinha”. Mas sabes? Eu vou estar aqui à tua espera. Até um dia, meu maior orgulho.

2 comentários:

  1. obrigado e sabes que comigo, podes contar sempre, todos os dias da tua vida, meu amor.
    amo-te muito.

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  2. o texto está lindo, apesar de o acontecimento ser muito triste :s
    adoro o teu blog* :)

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