sábado, 1 de outubro de 2011

um amigo fora do normal* II

na semana seguinte, Maria foi muito contente ter com o seu novo amigo, levou-lhe um lanche preparado com todo o carinho e foi para o sítio do costume, onde estava ele à sua espera, só que desta vez a sua amiga não foi, pois teve um consulta.
entretanto, após chegar ao pé dele, cumprimentou-o como de costume e disse-lhe o «olá» com uma voz doce e melancólica, acabou por lhe dar o lanche e o Sr. Armando comeu-o tão rapidamente e tão esfomeadamente que parecia que não comia à uma semana, dava o aspeto de que este não se tinha alimentado desde então.
Maria, preocupada, questionou-lhe se ele tinha comido desde a última vez que estiveram juntos, Armando respondeu-lhe que sim só que a menina tinha-se apercebido que lhe estava a mentir.
Então, a menina contou-lhe que não lhe deveria mentir pois são amigos e ela estaria sempre presente para o ajudar fosse o que fosse preciso.
Armando agradeceu-lhe, agarrou-lhe a mão e disse-lhe: «obrigada por tudo o que tens feito por mim, não há uma única maneira de te agradecer pela preocupação, atenção e dedicação que me tens dado, uma coisa que já não tenho desde que comecei a morar na rua."
Maria sorriu e respondeu-lhe «não precisa de me agradecer. sabe? aprendi bastante consigo e com a sua história. do que depender de mim, virei todas as segundas feiras ter consigo, como tenho feito, e vou tratar de si, porque o sr. Armando é como um avô para mim, é uma das pessoas que completam a linha da minha vida.»
Armando, começou a largar lágrimas, mas lágrimas de pura felicidade, nunca tinha ouvido palavras tão bonitas e tão complexas em toda a sua vida.
Maria olhou para o relógio e viu que estava na hora de ir para casa.
Despediu-se com um «adeus», deu um toque com os seus lábios doces e pequenos na face de Armando e disse-lhe em segredo «estou aqui para o que precisar».
Caminhou em direção à paragem e acenou-lhe.

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